Por que nos esforçamos por ser
belos, ter dinheiro, possuir coisas? Claro, tudo isso pode fazer sentido, mas
como meio, não como fim em si mesmo. Na verdade, são na maioria dos casos
"sentidos emprestados", na falta de um sentido que seja próprio. Se o
medo da morte me lança na impropriedade, a angústia produz o efeito contrário,
ela abre a inospitalidade do mundo, para sensação de "ficar sem
chão". A angústia me revela uma compreensão do meu morrer, que sou
singular. Percebo que não posso escapar da convocação que a angústia me faz de
viver na propriedade. Ou seja, a possibilidade de ser eu mesmo.
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