Ressalto em minhas considerações finais a palavras dos historiadores Lucien Febvre e Marc Bloch, fundadores da Escola dos Annales: “A história faz-se, sem dúvida, com documentos escritos. Quando existem. Mas pode e deve fazer-se sem documentos escritos, se não existirem. Faz-se com tudo o que a engenhosidade do historiador permite utilizar para fabricar o seu mel, quando faltam as flores habituais: faz-se com palavras, sinais, paisagens e telhas; com formas de campo e com ervas daninhas; com eclipses da Lua e arreios; com peritagens de pedras, feitas por geólogos, e análises de espada de metal, feitas por químicos. Em suma, com tudo o que, sendo próprio do homem, dele depende, serve o homem, exprime o homem, torna significantes a sua presença, atividade, gostos e maneiras de ser”. (Lucien Febvre, 1949)
“A diversidade dos testemunhos históricos é quase infinita. Tudo o que o homem diz ou escreve, tudo o que constrói, tudo o que toca, pode e deve fornecer informações sobre eles.” (Marc Bloch, 1941-1942)
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