quarta-feira, 23 de outubro de 2013

SOCIOLOGIA - As novas tecnologias e a invenção das redes sociais.




Por que postamos fotos de quando éramos criança em nosso perfil do Fecebook?                     Por Cristiano Bodart
Acredito que todos os usuários de Facebook notaram a onda de uso de fotos de perfis de quando o dono da conta era ainda criança, ou ainda de seu filho pequeno. “Certamente cada pessoa tem sua motivação pessoal”, diriam muitas pessoas. Para a Sociologia os eventos que se repetem entre um número significativo de indivíduos merece uma atenção maior para serem compreendidos. A resposta de que “certamente cada pessoa tem sua motivação pessoal” não esclarece o fato, uma vez que não trata-se de uma mera coincidência de milhões de pessoas fazerem a mesma coisa; pelo contrário, a luz da Sociologia é possível buscar e talvez encontrar uma regularidade existente, assim como uma motivação para além da motivação pessoal. Tentarei levantar alguns caminhos para reflexão sociológica.
Teriam os usuários do Facebook apenas despertado um interesse em homenagear as crianças? Acredito que não é apenas o princípio da homenagem o elemento motivador, haja visto que existe o dia do idoso e nem por isso há uma onda de postagem de fotos dos seus avós. Levando em conta a hipótese de que a motivação está muito mais relacionada a si mesmo do que às outras crianças.
A ideia de criança, ao longo da História, foi-se construindo até chegar ao que entendemos hoje: período de inocência, de dependência, de despreocupação com compromissos e de pensamentos e atitudes sinceras. É, a meu ver, essa imagem de “criança” - em contraposição a ideia de “adulto” – que parece motivar o desejo de “vender uma imagem” à sua rede de relacionamento via Fecebook.
A “Consciência Coletiva(conceito de Durkheim) é a impulsora de tal atitude. A ideia de que a criança é inocente, dependente de atenção, despreocupada com as futilidades da vida e marcada por pensamentos e atitudes sinceras que motiva os indivíduos a buscarem emitir tais valores aos amigos. Ainda que não seja uma ação pensada racionalmente, busca-se transmitir que valoriza e/ou busca tais princípios infantis, ao mesmo tempo que emite a mensagem de que os “adultos” devem rever seus “passos”.
Outro elemento motivador é a necessidade de fugir dos excessos de responsabilidades, de se “esconder” dos males do mundo. Voltar a ser criança, ainda que no imaginário, seria voltar a viver “tempos que não voltam”, tempos onde a amizade era desinteressada, onde as coisas mais simples nos impressionavam, época em que o mundo nos deixava admirados... época que sem que percebêssemos filosofávamos sobre tudo e todos, isso independente de sua importância no mundo dos adultos.
Postar uma foto de quando éramos crianças é uma fuga, ainda que não eficaz, do mundo dos adultos e a tentativa de retornar no tempo em busca de princípios e perspectivas do mundo que parecem extintos no mundo dos adultos.


                                                      Professora: Mírian dos Santos.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

SOCIOLOGIA - TEXTO PARA ANÁLISE SOCIOLÓGICA




Nós bebemos demais, fumamos demais,
gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais,
ficamos acordados até muito mais tarde,
acordamos muito cansados,
lemos pouco, assistimos TV demais
e rezamos raramente.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver.
Adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua
e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma;
dominamos o átomo, mas não nosso preconceito;
escrevemos mais, mas aprendemos menos;
planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação,
produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
do homem grande de caráter pequeno;
excesso de reuniões e relações vazias.

 Essa é a era de dois empregos,
vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis,
das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Uma era que leva essa carta a você,
e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama,
pois elas não estarão por aqui para sempre.
Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo,
pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer "eu te amo" à sua companheira(o)
e às pessoas que ama.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.

O segredo da vida não é ter tudo que você quer,
mas amar tudo que você tem!!!
Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.

 George Carlin
                                                          SOCIOLOGIA/2013


RESPONDA:
a) Explique os seguintes trechos:
 "multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores" 
"o segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas amar tudo que você tem!"
b) O que significa paradoxo do nosso tempo. Seja crítico e dê sua opinião sociológica.

domingo, 20 de outubro de 2013

PRÉ-HISTÓRIA - 6º ano


1.    [...] É fantástico imaginar que um dia um homem pré-histórico teve a idéia de que era mais fácil comer a carne dos animais selvagens depois de assá-la no fogo. Ou será que foi a mulher? Mas antes foi preciso alguém descobrir como fazer fogo.

Você imagina o que isso significa? Fazer fogo? Sem usar fósforo, é claro... Fósforo ainda não existia. Com dois pedacinhos de madeira, que a gente esfrega bastante um no outro até eles se aquecerem muito e acabarem pegando fogo [...]
Ernst H. Gombrich. Breve história do mundo. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 23.

A informação principal do texto refere-se

a) a domesticação de animais
b) a criação de ferramentas
c) ao domínio do fogo
d) a invenção da roda

SOCIOLOGIA: POLÍTICA E PODER


TEMA: POLÍTICA E PODER


O ANALFABETO POLÍTICO
                                             
                                               Berthold Brecht

O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e o lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.